Jamile Souza de Oliveira*
Jéssica Vasconcelos Santos**
Resumo
A sífilis congênita (SC) é uma doença infectocontagiosa, sistêmica, de evolução crônica e é transmitida por via placentária, em qualquer momento da gestação ou estágio clínico da doença. Objetivou-se investigar o perfil epidemiológico de sífilis congênita no Estado da Bahia, no período de 2010 a 2013. Trata-se de um estudo epidemiológico de caráter descritivo, de abordagem quantitativa, com dados secundários colhidos através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Verificou-se um total de 1594 casos confirmados de SC, destes, 1509 (94,7%) tinham até 6 dias de vida. O ano de 2012 apresentou o maior número dessas ocorrências no Estado, com 543 (34,1%). Sobre a região de saúde de Salvador, os números de casos confirmados foram 719. Em 367 (23,0%) casos, as mulheres tinham até 8 anos de estudo. A maioria das mulheres (977) recebeu atendimento pré-natal (61,2%). Em 528 (33,1%) casos, o diagnóstico de sífilis materna ocorreu no período do pré-natal, o qual identificou o maior número de diagnóstico de SC recente: 518 (33,4%). O número de casos em que o parceiro recebeu tratamento: apenas 153 casos (9,6%). Segundo evolução, foram identificados 1244 nascidos vivos. Os achados deste estudo demonstram fragilidade na assistência durante o pré-natal com baixa efetividade das ações de prevenção, bem como tratamento, fatores determinantes no controle da SC.
* Enfermeira.Especialista em Enfermagem em UTI Pediátrica e Neonatal pela Atualiza Cursos. E-mail:
jamileoliveira-@hotmail.com
** Enfermeira. Especialista em Enfermagem em UTI Pediátrica e Neonatal pela Atualiza Cursos. E-mail:
j.vasconcelos17@hotmail.com