Marcelo Sacramento Cunha1
RESUMO
A cirurgia plástica está acessível em diversas regiões e a diversas classes sociais. A globalização da economia e informatização nesta última década permitiram um grande avanço e concorrência na área. O estado de pandemia do COVID-19 em 2020 trouxe alterações no processo de oferta de serviço de cirurgia plástica. O conhecimento demográfico do público-alvo, assim como suas necessidades e valores antes e depois da pandemia, tornam-se necessários para o gerenciamento e empreendedorismo na área de clínicas de cirurgia plástica. Um levantamento bibliográfico dos últimos 10 anos foi realizado, sendo selecionados 10 artigos que abordaram diretamente o tema. Os artigos foram descritos e avaliados com uma análise crítica. O perfil demográfico antes da pandemia foi delineado e mostrou que o sexo masculino prevalece para as cirurgias reparadoras, o sexo feminino para as cirurgias estéticas, adultos jovens, hábitos saudáveis e renda média de até 10 mil reais. Foram valorizadas as indicações de outras pessoas, titulação do profissional e a qualidade da 1ª consulta. A pandemia levou à redução importante do número de cirurgias plásticas com ênfase nas eletivas e estéticas, ao passo que foi observado um aumento das cirurgias reparadoras. Novas medidas como testagem, proteção individual e vacinação são necessárias para a segurança da cirurgia plástica durante a pandemia.
Palavras-chave: Cirurgia Plástica; Epidemiologia; Perfil sociodemográfico; Hábitos de vida; COVID-19.
1 Médico pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Residência Médica e Doutorado pela Universidade
de São Paulo (USP), Professor Livre-docente UFBA, Professor Associado I FMB-UFBA, Especialista em
Gestão em Saúde pela Faculdade Atualiza. E-mail: cunha.ms@gmail.com