Ana Luiza Uzêda Oliveira*
RESUMO
O paciente renal crônico, para a realização do tratamento hemodialítico, necessita de uma fístula arteriovenosa (FAV), acesso permanente que consiste numa anastomose de uma artéria com uma veia, aguardando cerca de 30 a 45 dias, ou até um tempo maior para a maturação da FAV. O objetivo deste relato de experiência foi a implementação da punção unidirecional no Centro de Doenças Renais de Jequié, com ênfase nos benefícios para o paciente renal crônico. Foram selecionados 30 pacientes, homens e mulheres, jovens e idosos, no período que compreendeu de março de 2012 a julho de 2013, em que estava sendo aplicada a punção unidirecional, utilizando para a coleta dos dados a observação participante, pois auxilia na interação pesquisador-sujeito, no seu próprio ambiente. Um grupo, no total de 15 pacientes, foi submetido inicialmente à punção convencional e, posteriormente, à punção unidirecional, e os outros 15 pacientes submetidos apenas à punção unidirecional, pacientes com FAV distais e proximais, alguns em membros superiores e outros em membros inferiores. Os resultados da implementação da punção unidirecional no Centro de Doenças Renais de Jequié apresentaram vantagens para o paciente renal crônico, como a extinção do edema, do extravasamento e de hematomas na primeira punção, bem como indicaram a manutenção de um Kt/V adequado, sendo um indicador de qualidade no tratamento hemodialítico. Isso, provavelmente, influenciará outras pessoas a desenvolverem pesquisas voltadas para o assunto, trazendo maior benefício para o paciente renal crônico, aumentando a sobrevida da fístula arteriovenosa e despertando os profissionais de enfermagem a reavaliarem as punções utilizadas.
* Enfermeira. Especialista em Enfermagem Nefrologia pela Atualiza Cursos.
E-mail: ana.uzeda_2012@hotmail.com