Luís Cláudio Negreiro Oliveira*
Resumo
Introdução: A cirurgia cardíaca, como toda cirurgia de grande porte, determina alterações metabólicas e hormonais. Quase todos os pacientes sofrem disfunção alveolar após cirurgia cardíaca, a estimulação respiratória central e a função muscular respiratória ficam deprimidas no pós-operatório. O exercício resistido desempenha papel específico na preservação e aumento da força muscular. O objetivo deste estudo foi observar o comportamento das variáveis respiratórias após treinamento resistido em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca e identificar se há relação com o tipo de cirurgia, sexo e idade. Métodos: Estudo amostral intervencionista e prospectivo. A população compreendeu indivíduos submetidos à cirurgia cardíaca no Hospital Santa Izabel, Salvador-BA. As variáveis respiratórias mensuradas foram: CV, VVM, PImáx, PEmáx, Peak-Flow e FR antes e após treinamento resistido. Para análise pareada, foi utilizado o teste T- de Student. Resultados: Participaram do estudo 12 indivíduos, sendo excluídos 3. O maior número dos participantes era do sexo masculino (7) e a idade variou de 27 a 62 anos. Em todas as variáveis, os valores aumentaram após treino resistido, só não a PImáx, cujo valor diminuiu com M/DP 63 ±42,1, 57 ±25,3 e a FR, que manteve o valor com M/DP 20 ±5 e 20 ±4,7 antes e após treino respectivamente, não havendo diferença estatisticamente significativa antes e após a intervenção. Conclusão: Os benefícios desses exercícios com impacto na função pulmonar não foram significativos. Sugerem-se estudos posteriores que possam permitir o conhecimento dessas modificações após treino resistido.
Palavras-chave: Cirurgia Cardíaca. Treinamento Resistido. Reabilitação Cardíaca.
* Fisioterapeuta. Especialista em Fisioterapia em UTI pela Atualiza Cursos. E-mail: luis_negreiro@hotmail.com